quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

As mentiras que nós contamos

Texto de Rafa Moraes
Do blog recomendadíssimo Teorias Genéricas

Vocês mentem e a gente sabe. Que nós mentimos vocês devem desconfiar... Talvez não saibam que é mais normal (porque somos mais espertas) do que vocês imaginam. E, como alguns homens já nos revelaram algumas dessas mentirinhas "brancas" de vocês, que me perdoem as amigas, mas aqui vão algumas das nossas.

1. Nossos ex-namorados não são tão terríveis quanto nós os pintamos. Possivelmente, a maioria deles era até muito amável. E não tão ruim de cama.

2. Nós contamos tudo a nossas melhores amigas. Tudo. "Tudo" é tu-do: o que você faz e não faz, diz, confidencia; o que a gente
, sente e pensa. Isso é "tudo". Vocês acham que isso dá muito poder a elas (e vocês não as escolheram, de fato), mas não dá. Nenhuma menina fica repassando na cabeça tudo o que ela sabe enquanto o namorado da amiga conta uma história numa mesa de bar.

3. Sim, há problema com não saber consertar algo em casa. Se vocês acham que a gente nasce sabendo fritar um ovo ou fazer um macarrão, a gente tem o direito de achar que vocês, no mínimo, precisam saber bater um prego ou trocar um fusível.

4. A gente pode não ter o pânico de, casando, nunca mais dormir com outro cara, mas, seguramente, temos o medo de nunca mais passar pela fase boa da paquera, o primeiro encontro, o primeiro beijo, etc. Portanto, também temos ressalvas quando o assunto é casamento.

5. Sua mãe, provavelmente, não é "ótima". Ela deve ser
suportável, senão nem nos preocuparíamos em sorrir: mas, já estamos felizes com o fato de ela ser "suportável". Sorriremos, não se preocupem. A propósito, nós temos muito medo de ficar iguais às nossas mães: emuito mais medo de ficar igual à sua mãe. Portanto, dizer que nos parecemos com elas nunca, jamais, em tempo algum, será elogio, ok?

6. Essa é fácil, mas, para que fique bem claro: sim, nós pensamos em sexo. E um bom tiquinho... E, sim, é importante, tem que ser bem feito e faz falta. Compreendido?
E, claro, nós fantasiamos com outras pessoas. Epa! Lembrem-se: vocês também (até com mais frequencia)!

7. Ainda no tópico anterior: sabe quando dizemos "Você bebeu muito, está cansado, é normal, amor... todo homem já passou por isso"? Bom, a verdade é que: não é tão normal assim, talvez, até, ninguém nunca tivesse passado por isso com ela, e, se você está cansado, ou bêbado, problema seu. Ela também pode estar cansada ou bebíssima e ela está bem... Ou seja, é frustrante pra ela também e a culpa é só sua, ok?

8. Sabe o preço daquela bolsinha nova ou daqueles sapatos belíssimos que compramos esses dias?Eles, provalvelmente, custaram o dobro dos valores que compartilhamos com vocês. Claro: para que dizer o preço verdadeiro - e perder os próximos dez minutos de nossas vidas escutando você reclamar, dizer que é um absurdo e blablablá -, se podemos mentir e conseguir o "Que ótima compra!" que queríamos.

9. Ainda com relação ao último tópico: nós queremos, sim, a participação de vocês - por isso contamos sobre esse tipo de compra, aquela fofoquinha ou discussões da família/trabalho. Mas, queridos, queremos
pouca participação de vocês. Digam "uhm-hum", façam algum comentário perspicaz e só. Não se danem a falar mal do que/quem a gente gosta. Apesar da gente dizer o contrário, ("Diga o que você tá pensando, vá, pode dizer, não tem problema"), não digam o que, de fato, vocês pensam, porque, sim, ficaremos putas e teremos um problema.

10. Nós podemos ser super modernas, independentes, pró-
discurso-feminista, mas, ainda assim, queremos ser tratadas como uma princesa em perigo. Sério. Seja lindo, cavalheiro (no entanto, aceite tranquilamente que podemos pagar, abrir porta de carro, etc, igual a vocês - quando quisermos), romantico, amável, babão, enfim... Queremos o príncipe: ainda que, hoje, saibamos que não são os príncipes que nos fazem princesas.

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