quarta-feira, 7 de julho de 2010

Não subiu, e agora?


Um cara que dormiu comigo e brochou me pediu para abordar a experiência aqui como forma de exorcizar esse fantasma. Brincadeira, nunca aconteceu comigo, mas atendendo uma sugestão, decidi fazer um post sobre brochada e impotência.

Como eu disse, nunca aconteceu comigo, embora eu também não tenha tido tantos parceiros quanto algumas pessoas supõem. Sabe como é, mulher que não tem medo de falar sobre sexo acaba sendo taxada por alguns como mulher que pega todo mundo. Eu até queria pegar todo mundo – ou quase todo mundo – mas aprendi a me respeitar e a respeitar meu corpo, o que gera meia dúzia de restrições com relação a quem vai dividir a cama comigo. Ainda assim resolvi, com todo esse amadorismo que me abençoa, debater o momento fatídico no qual o “meninão” simplesmente não sobe.

Eu me sentiria frustrada, disso tenho certeza. Já o que eu faria com essa frustração ia depender do grau de importância que o cara tem para mim. Um casinho isolado certamente perderia todas as chances. Dependendo e como ele se saiu até chegarmos ao finalmentes – se foi gentil, se foi arrogante, se conquistou meu respeito – ganharia também uma dose de impaciência. Por outro lado, um homem por quem eu tivesse algum carinho mereceria mais algumas tentativas. Mas duvido que exista paixão grande o suficiente para me prender durante muito tempo em um compromisso onde o sexo não está funcionando. E não sou a única que pensa assim. Conheço várias relações que afundaram porque o “meninão” não conseguia mais brincar.

Sexo é uma coisa importante no relacionamento amoroso. Não é tudo, mas é fundamental. Tem que estar presente e tem que ser prazeroso para os dois. O caminho para chegar lá às vezes passa por umas derrapagens e quando estamos empenhados em fazer a coisa dar certo, acho bacana ser compreensiva com esse tipo de situação. Se foi ocasional a gente tenta de novo, leva na esportiva, faz um carinho para deixar claro que é algo natural, e que pode acontecer com qualquer um. Se é uma situação recorrente, a gente senta para conversar e tentar descobrir o que está errado e, caso não descubra, procura um especialista para dar uma mãozinha. A gente encara com carinho, mas respeitando os nossos próprios limites. Não dá para passar a vida esperando um gozo que não virá, mas também não dá para achar que homens são máquinas perfeitas que nunca falham.